No livro o Poder do Hábito, Charles Duhigg apresenta como formamos nossos hábitos. O autor apresenta, por diferentes histórias, como o hábito exerce um forte poder em nossas vidas, seja positivo ou negativo.
Fica claro que hábitos positivos tem o poder de transformar as vidas das pessoas, criando mais possibilidades de sucesso e prosperidades. Também fica claro no livro que os hábitos não é algo de exclusividade dos seres humanos, mas também está inserido na vida corporativa e tem grande reflexos nas organizações. Uma empresa com hábitos claros e bem definidos, tem grande probabilidade de se desenvolverem e crescer cada vez mais.
Mas os hábitos, seja para as pessoas ou para as organizações, caso desenvolvidos em linhas negativas, também tem grande força para ser destrutivo e muito comprometedor. Podendo desacreditar as pessoas e derrubar organizações.
O mais importante, os hábitos têm processos bem definidos e podem ser mudados, sejam positivamente ou negativamente. Todo hábito é, basicamente, formado por uma deixa que causa o movimento para atingir uma recompensa. Este processo, se assimilado e entendido pelo ser humano, pode ser transformado, criando assim hábitos fortalecedores para as pessoas.
Por este motivo, uma pessoa, seja em qual for a situação que se encontre, se conseguir compreender seus hábitos e como eles impactam em sua vida, pode transformá-los e criar um novo significado para eles e assim mudar sua vida.
Assumir o controle dos hábitos é uma ferramenta extremamente poderosa, uma vez que é possível transformar vidas e organizações. A mudança de hábitos, seja o mais simples que for, pode representar uma grande evolução, já que a mudança não está restrita apenas ao hábito, mas a todo o contexto onde ele está inserido.
O autor apresenta diferentes situações para ilustrar essa mudança, como a empresa de alumínio que ao mudar a política de acidente de trabalho muda o comportamento de seus colaboradores e consequentemente mudou a cultura da empresa, tendo colaboradores mais proativos, entusiasmados e que se sentiam inseridos como parte importante da empresa.
Isso só foi possível devido a política de evitar acidente de trabalho, a empresa passou a ter menos colaborador afastado. Eles participavam do processo de desenvolvimento das políticas de controle de acidente seja com sugestões ou críticas. Também participavam dos processos de decisões e foram incorporados nas politicas da empresa que fomentou e incentivou os colaboradores a apresentarem suas ideias que em pouco tempo deixou de ser apenas referente a segurança no trabalho, se estendendo para outras áreas.
Assim, a empresa passou a contar com colaboradores que agora não sofrem mais acidentes, que se sentiam valorizados pela organização, participando de decisões importantes e com voz ativa relevante. Um processo que também contribuiu para a economicidade da empresa, mais produtividade de sua equipe e desenvolvimento de um relacionamento real e duradouro entre empresa e colaborador.
Assim foi com Tony Dungy, treinador de futebol americano que muda a percepção de seus atletas fazendo eles compreenderem alguns movimentos táticos do jogo, mas com uma força e qualidade que os movimentos se tornaram hábitos tão fortes que os atletas passaram a fazer de forma automática.
Com essa mudança, Dungy tornou seu time psicologicamente mais forte que as outras equipes da liga e se tornou campeão do Super Bowl. O Indianápolis Colts de Dungy não era a melhor equipe da liga, mas era, seguramente, a equipe que fazia todos os movimentos de forma mais coordenada e organizada. Que tinha ciência do que exatamente deviria fazer em cada área do jogo. Essa mudança ajudou seu time ser campeão.
Isso mostra como os hábitos agem nas pessoas e como eles podem ser extremamente relevantes para o sucesso ou fracasso de cada pessoa e organização. Também fica claro como é possível mudar os hábitos ruins ou limitantes para hábitos fortes e consistentes. O Indianápolis Colts de Dungy é um exemplo, como a política de desenvolvimento da Starbucks.
De uma forma simples e muito estratégica, a Starbucks, em seu programa para novos colaboradores, ensina a política de qualidade no atendimento aos clientes. O objetivo da Starbucks é criar o melhor ambiente para as pessoas que visitam suas lojas, ter colaboradores preparados para atender sempre de forma muito cordial e educada. Ao mesmo tempo, o programa cria hábitos fortalecedores nos colaboradores, desenvolve a capacidade de comunicação deles, controle emocional, gestão de pessoas e espirito de equipe.
O programa da Starbucks tem impacto direto nos hábitos de seus colaboradores e acaba transformando também a vida particular deles, já que a mudança de hábitos confronta diretamente os antigos comportamentos destas pessoas ajudando-as a evoluírem em suas vidas particulares e se transformando em pessoas mais fortes e confiantes. Criando um novo padrão de vida para elas.
Por outro lado, os hábitos negativos, impactam de forma dura em outras organizações, como o metrô de Londres que se incendiou pelo motivo de não ser trabalhado hábitos de proatividade e espirito de equipe nos colaboradores. Caso os lideres do Metrô de Londres tivesse implantado uma política diferente na organização uma tragédia poderia ter sido evitada e diversas vidas salvas.
Entender os nossos hábitos pode ser o primeiro passo para que consigamos atingir nossos objetivos e viver tudo o que sempre desejamos. Entender que hábitos são construído diariamente durantes toda a nossa vida e que é possível mudar aqueles que limitam nossas ações, é fundamental para uma vida próspera e de realizações.
Os limites estão dentro de nós mesmos e de nosso subconsciente, mas as mudanças dos hábitos são possíveis e extremamente importantes para atingirmos objetivos e desenvolver a capacidade de evolução cognitiva que nos separa de nossos mais profundos desejos.
